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Arquitetos: depA
- Área: 35 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:José Campos
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pavilhão utiliza tanto o edifício do Museu como o Parque Serralves como matéria-prima, cada um em uma escala diferente. Em primeiro lugar, o desenho do pavilhão estabelece uma relação indireta com o edifício do Museu. Trata-se de um polígono extraído do layout do Museu, correspondente a um de seus espaços característicos - a janela de proa - cuja matriz hexagonal clássica é repetida e emerge em vários momentos em todo o Parque, tanto na pavimentação como nas características da paisagem.
A configuração poligonal côncava deste layout fornece a base perfeita para um espaço de projeção. Em segundo lugar, o polígono extraído, uma vez implantado no Parque e com seu contexto original alterado, incluindo a transformação de sua forma e materialidade, se torna algo novo e se separa de sua fonte original. Nesta segunda etapa, o pavilhão se aproxima do Parque, estabelecendo afinidade com suas texturas e encontrando sua própria materialidade. É implantado no topo do lago, cuja água oferece seu princípio: vidro escuro que reflete seu reflexo e também a paisagem circundante de folhagem densa.
O pavilhão é preenchido com cores, luz e ecos, 'se camuflando' em seu ambiente de hospedagem. Finalmente, além da relação entre o Museu e o Parque, também estabelece uma ponte com a obra de arte que abriga, devido à sua localização e ao relacionamento que obriga o visitante a estabelecer com a água. No entanto, o interior do pavilhão é suficientemente neutro para criar o espaço necessário para descobrir o vídeo projetado no interior.